Felipa Crítica: Angel

FELIPA CRÍTICA: ANGEL 

Lançada ontem pela ONTV, novela de Bruno Rodrigo intitulada de "Angel" apresenta a vida de prostituição da protagonista e mescla conflitos de casais carregados no drama. 


Angel conta a história de Elisa, uma mulher deslumbrante, que usava seu charme para conseguir dinheiro o suficiente para sustentar o tratamento dá saúde de sua mãe, mas tudo vira de cabeça para baixo, quando antes de morrer, Maria Lurdes revela a filha, que o pai está vivo e é um magnata do estado de São Paulo. Vingativa, Elisa/Angel, usará seu corpo para um jogo sórdido de sedução e pegar tudo que é seu por direito.

Este é o ponto de partida da trama e que logo no primeiro capítulo, nos apresenta o conflito principal da história: a vida de Elisa/Angel. 

O primeiro capítulo se tratando da trama principal, foi um bom começo. O autor nos apresentou a protagonista, seu caráter, motivações e conflitos. Tudo o que um bom primeiro capítulo tem que ser. Elisa é uma garota de programa que trabalha para ajudar a mãe com a sua saúde, porém, Maria, mãe de Elisa, não sabe o que a filha faz para ter esse dinheiro, além de tudo, ela acredita que Elisa estuda medicina. As motivações de Elisa são fortes para enganar a mãe. 

A construção da Elisa até a morte da mãe, junto com a revelação sobre a vida da filha, foi um tanto rápida, não dando tempo de saber mais sobre ela. O que entendemos é que apesar da heroína ser uma filha dedicada, a revelação a transforma em uma outra pessoa e mostra seu verdadeiro caráter. 

No entanto, chega a ser bizarro a forma como ela encara a mãe, aquela mãe que ela se dedicava tanto e por ambição, mostra um desprezo pela mãe ter ocultado essa fato. O que mais surpreende é o fato da pópria Elisa ser responsável pela morte da mãe de certa forma. 

Enquanto o conflito principal se desenvolve até ganhar uma reviravolta, o autor nos apresenta núcleos paralelos que poderiam ser facilmente substituídos por uma construção mais aprofundada da protagonista e que nos revele o porque da mudança de personalidade que ocorre no final. 

Enfim, é um capítulo que foca na apresentação, mas deixa a desejar pela falta de construção da protagonista ocasionado pela agilidade exagerada. Com um gancho que nos faz querer saber do futuro dos planos de Eliza, a trama se mostra promissora em alguns pontos, mas nos faz questionar se haverá ou não um bom desenvolvimento. O autor ensaiou uma jornada da heroína com a personagem, mas pulou etapas importantes que são fundamentais para uma excelente jornada. Com um texto misturando literário e roteiro, ás vezes ele fica raso e chato, mas prende pela agilidade em si, mesmo sendo exagerada. 

Vamos aguardar os próximos passos de Eliza e os novos capítulos de Angel. 

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